Por certo todo crente sincero já experimentou, em sua jornada cristã, um tempo de oração e jejum. Como é precioso esse momento, quando separamos um tempo para buscar o Eterno com mais intensidade.

Ao olharmos para os relatos bíblicos encontraremos várias ocasiões em que os servos de Deus estiveram orando e jejuando. E, como resposta ao clamor, Deus moveu os céus e a terra para que as bênçãos fossem derramadas sobre o seu povo.

No Antigo Testamento vemos uma grande ênfase no je-jum (Lv 16.29,32; 23.27-32; Nm 29.7 comb. Sl 35.13; Is 58.3,5,10). Já as cartas do Novo Testamento quase nada comentam e, quando o fazem, não é possível estabelecer al-gum ensinamento (2Co 6.5; 11.27; talvez 1Co 7.5). No en-tanto, temos no Novo Testamento os exemplos do próprio Jesus (Mt 4.2), dos apóstolos (At 14.23), da igreja local (At 13.2,3) e dos crentes em geral (Lc 2.37). É nos Evangelhos que percebemos um ensino mais claro a respeito do jejum, que orienta e auxilia nossa atitude para com essa prática. Ali percebemos como isso está ligado à vida cristã. Também é preciso ressaltar que o jejum, como uma atitude de piedade, sempre era acompanhado de oração (Jz 20.26-28; 2Sm 12.16,17; Ne 1.4; Sl 35.13; Dn 9.3). Tal fato pode ser perce-bido inclusive na vida de uma judia piedosa da época de Je-sus (Lc 2.37) e na Igreja de Antioquia (At 13.1-3).

Embora o NT não exija, especificamente, que jejuemos, nem estabeleça períodos especiais de jejum, Jesus dá a en-tender que jejuaremos (Mt 6.16; 9.15).

Além disso, aprendemos, com os crentes de Atos, que essa pode ser uma prática saudável para a igreja local (At. 13.1-3; 14.23).

Assim, o jejum pode acompanhar, adequadamente, a o-ração em muitas situações: em momentos de intensa inter-cessão (como, por exemplo, pela família), arrependimento, adoração e busca de orientação. Em cada uma dessas situa-ções, ele nos traz diversos benefícios, sendo que todos eles afetam a nossa relação com Deus:

(1) aumenta o nosso senso de humildade e dependência de Deus;

(2) permite-nos dedicar mais atenção à oração;

(3) funciona como um bom exercício de autodisciplina, que intensifica nossa atenção espiritual da presença de Deus;

(4) sinaliza, para Deus, que estamos prontos a entregar a própria vida para que a situação se altere e não mais continue como está.

Dessa forma, se for jejuar, use o seu jejum para indicar a sua indignação com o estado espiritual de hoje (Jl 2.12,13a) e busque mudanças. Não barganhe com Deus.

Amado irmão, estamos iniciando a nossa jornada de dez dias de oração e jejum com o propósito de que o Eterno se compadeça de nós e, assim, abra as janelas dos céus e der-rame, nos próximos dez meses, muitas bênçãos sobre nossas famílias e igreja. Participe dessa jornada e você verá grandes mudanças acontecendo na sua vida, na sua casa e em nossa igreja.

Soli Deo Glória

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

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