“O resto do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os servidores do templo e todos os que se tinham separado dos povos de outras terras para a Lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que tinham saber e entendimento, firmemente aderiram a seus irmãos; seus nobres convieram, numa imprecação e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus, de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos” (Ne 10.28,29)

O arrependimento sincero é acompanhado de atitude. É isso que se pode ver nos relatos de Neemias 10.28 e 29. Eles estabeleceram uma aliança e a selaram, assumindo compromissos solenes, no sentido de guardar todos os preceitos da Lei. Os príncipes, os levitas, os sacerdotes, os porteiros, os cantores, os servidores do templo, os nobres, enfim, “todos os que tinham saber e entendimento, firmemente aderiram a seus irmãos.”

Como sinal da renovação do compromisso com o Senhor, tomaram as seguintes atitudes:

Proibição do casamento de seus filhos com pagãos (10.30);

  • Guarda do dia de descanso, mediante a interrupção da lida mercantilista nesse dia (10.31);
  • Observância da lei referente ao ano sabático (10.31);
  • Entrega de ofertas para a manutenção dos serviços sagrados (10.32-34);
  • Entrega dos dízimos para não deixar a casa de Deus desamparada (10.35-39).

Quando há arrependimento sincero na vida do crente, as atitudes confirmadoras se tornam evidentes. É importante compreender que o arrependimento é não apenas um sentimento; é, acima de tudo, atitude.

O quebrantamento verdadeiro e a consagração sincera desembocam inevitavelmente em adoração. Conforme o relato de Neemias 9.3, aquele ato de culto teve a duração de meio dia (provavelmente de seis da manhã até ao meio dia), sendo que a metade desse tempo foi gasta com reflexão na Palavra; e a outra metade com orações e louvores.

Os levitas clamaram em alta voz ao Senhor (9.4) e conclamaram a todo o povo, dizendo: “Levantai-vos, bendizei ao Senhor, vosso Deus, de eternidade em eternidade.” (9.5). Então o povo respondeu: “Bendito seja o nome da tua glória, que ultrapassa todo bendizer e louvor. Só tu és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora” (9.5,6).

A nossa adoração só tem validade diante de Deus, quando é fruto de corações quebrantados. Não há consagração se não houver quebrantamento de coração. Como diz a Palavra, “sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Sl 51.17).

O profeta Isaías é o porta-voz de uma alentadora mensagem de paz para os quebrantados de coração, que desejam se consagrar inteiramente ao Senhor: “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” (Is 57.15).

 

Rev. Eneziel Peixoto de Andrade

 

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