Muitos são aqueles que falam que sua fé está firmada em Deus, mas, na prática, demonstram outra coisa. Li, há alguns anos, a seguinte frase: “Admiro o vosso Cristo, mas abomino o vosso cristianismo” (Gandhi). As pessoas, certamente, acreditarão em nossa fala quando estivermos vivendo, em nosso dia a dia, aquilo que professamos.

Portanto, é de suma importância mostrarmos o que cremos através da nossa vida. O nosso comportamento revela a nossa identidade. O grande teólogo Agostinho disse, com bastante propriedade: “Testemunhar não é algo que fazemos; é algo que somos.”

Nosso Senhor, Jesus, declarou, em Mateus, que somos “o sal da terra” e a “luz do mundo”. Devemos pregar o evangelho com a nossa vida. O mundo precisa conhecer a Jesus e contemplar o evangelho na vida dos cristãos.

O grande pregador Billy Graham afirmou: “A maior necessidade do mundo hoje é de cristãos com maturidade espiritual, que não somente tenham professado sua fé em Cristo, mas que vivam essa fé a cada dia”. Dito isso, e olhando para o texto de Hebreus 13.1-6, quero listar cinco maneiras de vivermos a fé.

Devemos amar uns aos outros. Observe que o texto começa dizendo: Seja constante o amor fraternal (v.1). O termo usado para amor é filadelfia. Refere-se ao amor entre irmãos espirituais, os filhos de Deus. O amor fraternal é um mandamento divino. A sua prática deve ser constante. A fé opera pelo amor, mas quando ela está em crise, o amor pode esfriar.

Devemos ser hospitaleiros. Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos (v.2). Primeiro, a hospitalidade não deve ser negligenciada. Ela é ordenada a todos os cristãos e exigida dos líderes da igreja. Ela é considerada uma prova do caráter cristão. Ela deve ser mostrada aos irmãos na fé, aos estrangeiros, aos pobres e até aos inimigos. Segundo, o motivo pela qual não dever ser negligenciada: pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos.

Devemos visitar os que sofrem. Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos, em pessoa, fôsseis os maltratados (v.3). O verbo “lembrar” não envolve somente um ato mental, mas uma atitude de ir ao encontro daquele que precisa. “Lembrar” é sinônimo de “visitar” (Sl 8.4). Visitar presos era uma prática comum na vida da igreja (Hb 10.34). Deus usará a visitação como um critério no julgamento final (Mt 25.42,43). Tiago diz que a “religião pura e sem mácula” envolve a visitação a órfãos e viúvas, em suas tribulações (Tg 1.27).

Devemos cultivar a pureza sexual. Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros“(v.4). Três lições importantes nesse verso: 1) Todo cristão deve considerar o casamento como algo precioso. Trata-se de uma invenção divina para a nossa felicidade. 2) A maneira bíblica de valorizarmos o casamento é mantendo a santidade sexual. “Não adulterarás” é a ordem divina. 3) Deus julgará todos os impuros e adúlteros. O sexo ilícito será punido por Deus. Para a sociedade sem Deus, sexo é necessidade e diversão. Aos olhos de Deus, porém, o sexo fora do casamento é pecado. Impuros, adúlteros, efeminados e sodomitas não herdarão o reino de Deus. Todo pecado sexual é julgado pelo Altíssimo.

Devemos viver contentes. Para o mundo, sexo, dinheiro e poder são seus ídolos. A cobiça e a avareza por bens materiais podem levar uma pessoa a roubar e matar. Por isso devemos considerar este mandamento: Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes (v.5). O contentamento com o que Deus nos tem dado é o remédio contra a avareza. O fato da sua presença conosco nos dá a certeza de que ele suprirá todas as nossas necessidades. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.

Observe que, no verso 6, o autor afirma: “Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” Quero, pois, incentivar os irmãos a amarem o Senhor, sua família, sua igreja e não o dinheiro.

Que o Todo Poderoso nos capacite, dia a dia, a exercitarmos a nossa fé, para que aqueles que contemplam a nossa vida possam ver Jesus em nossas ações.

Com carinho

Rev. Romildo Lima de Freitas

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