Na caminhada da vida em família por certo encontramos muitas adversidades. Nem tudo são flores ou águas tranquilas. Muita gente boa, gente de Deus, bem intencionada, porém despreparada e desatenta, entra no casamento e sai toda arrebentada. Não são poucos os casamentos em crise, as famílias fragmentadas por relacionamentos complicados, pessoas amargas e azedas de alma porque vivenciaram um sonho encantado que se tornou um pesadelo inesperado.

Normalmente o que destrói um casamento ou uma família não são as “grandes raposas” (grandes problemas) e sim as “raposinhas” (pequenas dificuldades).

Em geral, quando uma grave tormenta se abate sobre o lar, tal como um acidente com um dos familiares ou uma doença grave e repentina, a tendência é de os membros da família se unirem e estreitarem seu relacionamento para lutar, com todas as forças, contra aquele “inimigo” indesejável. Muitas vezes situações ameaçadoras, vindas de fora, ajudam a despertar os membros da família, que, nesses tempos, passam a se posicionar, de forma mais firme.

Difícil mesmo é lutar contra as raposinhas que surgem pouco a pou-co e vão minando, destruindo a beleza da vida familiar. Vejamos algu-mas que a atacam:

1 – MENTIRA: Mentir, caluniar, difamar são sinônimos. Esse tipo de raposinha tem trazido muito prejuízo à família. Muitas vezes ela vem acompanhada de mais três: contenda (1Co 3.3); inimizade (Pv 16.28; Gl 5.20) e desunião (Sl 133.1).

2 – CIÚME: Esse tipo de raposinha quando entra no seio da família, faz um estrago grande. Ela traz consigo um sentimento de per-seguição e morte (1Sm 18.7-9). O ciumento quer matar, destruir qualquer um que, supostamente, possa ameaçar o que é seu.

3 – INVEJA: É um misto de ódio e desgosto pela prosperidade ou alegria do próximo. Geralmente quem sofre desse mal não consegue “alegrar-se com os que se alegram…” (Rm 12.15). Esse sentimento ruim entrou no coração dos irmãos de José (Gn 37.11; At 7.9) e muitos males causaram a ele.

4 – FALSIDADE: É sinônimo de hipocrisia e fingimento. Pessoas que se fazem passar por aquilo que não são, são como o camaleão: ele vive sempre camuflado, passa despercebido, tem língua grande e rápida, não dá chance à sua presa.

5 – MURMURAÇÃO: É falar baixo, falar entre os dentes, falar mal do conjuge ou de algum membro da família. O murmurador fala mal de tudo e de todos; nada está bom para ele. A murmuração, em um grau mais alto, é contra o próprio Deus (Êx 16.8).

6 – FALTA DE DIÁLOGO: Refiro-me à dificuldade que os membros da família encontram para conversar, compartilhar os acontecimentos e se alegrar juntos. A vida agitada que levamos hoje é um grande perigo, pois a comunicação é essencial para o crescimento da família (Tg 1.19).

Quero listar três sugestões para nos ajudar a vencer as “raposinhas” que destroem os relacionamentos familiares:

(1) – Entenda, de uma vez por todas, que sua família corre perigo. Que, pelo fato de você ser um cristão, ela não está imune aos ataques do inimigo. Pelo contrário, por vocês servirem a Deus, ele vai tentar destruí-la.

(2) – Decida jogar fora tudo o que tem atrapalhado o bom relacionamento da sua família. Ou seja, rompa com os maus hábitos, como a mentira, inveja, ciúme, falsidades, murmuração, etc.

(3) – Mantenha-se sempre vigilante. Não abaixe a guarda depois de uma grande vitória; fique sempre alerta. Lembre-se da recomendação do apóstolo Pedro (1Pe 5.8).

Que o Eterno se compadeça de nossa famíia e nos ajude a vivermos em paz. Que possamos esperimentar um pedacinho do céu em nossa casa.

Soli Deo Glória

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

Share →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *