Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor.
A ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho, também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no Livro da Vida.
Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.
Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.
Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vos-so coração e a vossa mente em Cristo Jesus. (Filipenses 4.2 a 7)
A vida em comunidade foi idealizada por Deus desde o início da Criação. Viu Deus que não era bom que o homem estivesse só. Por isso, fez para ele uma companheira; e os abençoou com a bênção da fecundidade para que se multiplicassem e usufruíssem, juntos, as bênçãos da criação.
Porém, desde o início, surgiram problemas no viver comunitário; e, como consequência, o homem conheceu a morte e a violência em suas mais variadas formas.
Viver em comunidade é uma arte; e, quando aprendemos a exercitar essa arte, fazemos da família e da igreja ambientes saudáveis e extremamente aprazíveis.
O Espírito Santo age em nós e através de nós para produzir uma vida comunitária saudável.
Com certeza, as lições de Filipenses 4.2 a 7 são oportunas a todos os que foram chamados por Cristo para viver a vida em comunidade. Vejamos então:
- A vida comunitária saudável depende da união entre os irmãos
No versículo 2 do texto em epígrafe há um importante apelo dirigido pelo apóstolo a duas senhoras da igreja de Filipos: “Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor.” Essas duas mulheres, anteriormente, haviam se esforçado juntas em prol do evangelho, cooperando com Paulo e outros no ministério cristão (v.3). Agora, entretanto, estava havendo entre elas uma divergência. Não se sabe exatamente se era devido a alguma questão pessoal, ou de cunho doutrinário. O fato é que as duas não estavam se entendendo; e isso poderia prejudicar tremendamente a obra do Senhor entre os filipenses.
A união entre os irmãos é essencial para que a vida comunitária seja saudável (Sl 133). Muitas comunidades se deixam enfermar devido a contendas entre irmãos. Os coríntios, por exemplo, eram extremamente contenciosos (I Co 3.1-9; 6.1-11; 11.17,18). Por causa desse problema, Paulo se dirigiu àqueles crentes dizendo: “Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem” (I Co 11.30).
Uma comunidade dividida se torna debilitada e vulnerável. No caso citado no texto, o problema é mais grave, visto que a divergência era entre duas pessoas de destaque na comunidade, gente da linha de frente, liderança. Quando o desentendimento atinge a liderança da igreja, toda a comunidade é afetada. Diante disso, devemos ser zelosos na busca da unidade, esforçando-nos ao máximo para vivermos em união.
Rev. Eneziel Peixoto de Andrade