Na tentativa de solucionar o problema em Filipos – conforme se pode ver em Filipenses 4.2 a 7 – Paulo utilizou uma estratégia sábia, ao pedir a intervenção de um “fiel companheiro de jugo” para que ajudasse a Evódia e Síntique a encontrarem o caminho da reconciliação.
É muito importante contarmos com a ajuda dessas pessoas que têm habilidade para lidar com situações conflituosas, as quais, muito podem fazer, aconselhando e orientando os contenciosos a buscarem o caminho da paz e da reconciliação. Como foi destacado no texto anterior, a vida comunitária saudável depende da união entre os irmãos.

• A vida comunitária saudável é caracterizada pela alegria
Em Filipenses, como já foi salientado até aqui, há uma ênfase à alegria cristã: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (v.4).
A vida comunitária saudável, onde o Senhor reina, promove a alegria entre todos. Essa alegria é produzida pelo próprio Espírito (Gl 5.22).
Comentando acerca do significado da alegria cristã referida nesse texto, L. Weingärtner afirma que “em horas que, ao critério do mundo, não podem resultar em nada a não ser tristeza e frustração, a alegria do Senhor permanece arraigada no coração dos fiéis. Ela não depende de circunstâncias nem de condicionamentos psíquicos. É dádiva do Espírito Santo que jorra de vertentes eternas” (Série Em Diálogo com a Bíblia – Filipenses, Missão Editora/Encontrão Editora, p. 100).

Como diz a canção, “a alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”. O evangelho é uma boa nova de grande alegria (Lc 2.10).

O autor há pouco citado, faz ainda a seguinte afirmação sobre a alegria cristã: “a boa nova de Jesus Cristo não combina com uma vida azeda e tristonha. O que já era válido para o antigo povo de Deus, vale muito mais ainda para o povo da Nova Aliança: ‘A alegria do Senhor é a vossa força’ (Ne 8.10)” (op. cit., p. 100).

O reino de Deus é justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). Precisamos aprender a regozijar sempre (I Ts 5.16). Tal condição existencial é dádiva espiritual; e não se subordina às circunstâncias. Quando compreendemos isso e passamos a viver na perspectiva da graça de Deus, mesmo em meio às adversidades da vida, conseguimos nos sentir como Paulo: “entristecidos, mas sempre alegres” (II Co 6.10).

Que o Espírito Santo nos permita experimentar, em quaisquer circunstâncias, essa alegria que vem do Senhor. Assim, prosseguiremos a nossa caminhada como povo de Deus, feliz e vitorioso.

Rev. Eneziel Peixoto de Andrade

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