Hoje é dia de eleição em nossa Igreja. Se formos analisar qual foi a eleição mais antiga, constataremos que foi aquela feita por Deus, antes da fundação do mundo, quando Ele escolheu não pessoas perfeitas, boas, mas sim impuras, escravas do pecado, que Ele sabia que seriam suas inimigas, para dar a elas a vida eterna como presente, à custa da morte de seu único Filho.

Depois os seres humanos também passaram a fazer sua escolha, esta para seus representantes: presidente da República, deputados, pastores, diáconos, presbíteros, etc.

Todos sabem que nossa Igreja adverte que não se criem grupinhos pró ou contra candidatos para exercerem cargo na IPB. Fazer isso é ato de rebeldia, de desobediência, inclusive quebra do compromisso feito quando da profissão de fé. Cada um deve recorrer a Deus, pedindo Sua iluminação, e abrir o coração para receber as instruções ministradas pelo Espírito Santo.

Nessas épocas surgem descontentes procurando influenciar o voto de alguns irmãos. Boatos, nem sempre verdadeiros, como, por exemplo: “Fulano, se eleito (ou reeleito) vai acabar com tal coisa na Igreja”, são ouvidos. Ora, qualquer presbiteriano deve ou deveria saber que uma só pessoa da liderança não tem poderes para tanto, pois nossas decisões são tomadas por um Conselho. O nosso é composto por oito membros.

A Palavra de Deus não abona ninguém que fale mal, que espalhe comentários negativos contra autoridades, sejam elas eclesiásticas ou não. O apóstolo Paulo, certa feita, estava falando ao Sinédrio. De repente, alguém manda que lhe batam na boca. Então ele disse: “Deus há de ferir-te, parede branqueada! Tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei e, contra a lei, mandas agredir-me? Os que estavam a seu lado disseram: Estás injuriando uma autoridade do teu povo. Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo” (At 23.1-5). E sabemos que o sacerdote estava completamente errado.

Portanto, se espalharmos acusações contra a liderança ficamos, perante Deus, em situação pior que ela, pois a Bíblia determina que, em lugar de a difamarmos, devemos é orar por ela. E quem aceita e acredita em tudo o que ouviu de ruim, sem ouvir a outra parte, também incorre em erro, pois a condena sem lhe ter dado o direito defesa. Por certo, as consequências virão. E não serão boas.

Todos nós já nos sentimos injustiçados. Mas, nesses momentos, demonstra mais maturidade, maior espírito cristão, aquele que perdoa e procura a reconciliação. O ato de perdoar, se não for posto em prática, jamais será adquirido. Perdoar significa “cancelar”. Quem diz que perdoa, mas não aceita aproximação nem conversa com o outro está sendo insincero consigo mesmo, pois isso jamais foi perdão. Segundo Jesus, devemos perdoar infinitamente. E é claro que só temos como perdoar a quem julgamos que nos fez alguma coisa ruim.

Que cada um vote conscientemente, visando ao melhor para a Igreja e não para si próprio. Se achar que seu voto deve ser não, vote não; se achar que sim, vote sim, com a consciência tranquila. O voto, porém, deve ser seu, sem influência alheia. E, após conferido o resultado da votação, aceite-o, seja qual for. A Igreja não é sua, mas de Deus. Ou você acha que Ele não comanda tudo? Deus permitiu à frente de seu povo tanto dirigentes bons quanto maus. Mas até os ruins tiveram algum propósito.

Que seja feita a vontade do Altíssimo.

Roosevelt Silveira

 

 

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