Provavelmente a luta contra as tentações seja o maior desafio do cristão em nossos dias. A sociedade, conturbada e fora dos padrões de Deus em que estamos todos inseridos, faz piorar ainda mais esse estado das coisas. No entanto, há na Palavra de Deus faz uma promessa fabulosa para todos os que são tentados: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel; e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10.13).

Para que se resista na luta contra as tentações é preciso que se conheçam bem os seus agentes. Ou seja, quem são eles e como eles atuam. Tiago diz que “cada um é tentado pela sua própria cobiça quando essa o atrai e seduz” (Tg 1.14). O termo usado aqui para atrair, transmite a mesma ideia da isca que o pescador coloca para chamar a atenção do peixe; no primeiro momento tem aparência bela e boa, mas, no fundo está o anzol, que leva à morte. Logo, a tentação é fruto das coisas que as pessoas cobiçam. Ninguém é tentado por algo que não lhe provoque desejo. Portanto, a tentação é a confrontação de algo proibido ou ilícito, que a pessoa deseja na sua carne.

O apóstolo Paulo nos alerta que “a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais” (Ef 6.12).

Diante dos textos acima, podemos definir que a nossa luta contra as tentações, basicamente são duas, a saber:

A primeira, segundo Tiago, é a força de seu próprio desejo carnal. A segunda, de acordo com Paulo, é a força do mal espiritual, do diabo e seus agentes de seduções e sugestões. Quais são as armas que Deus proverá para vencermos essa luta?

Jesus disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Vigiar é estar de sentinela, pronto a pôr para correr, ainda à distância, o inimigo que se aproxima (Gn 15.10,11). Nesse caso, pô-lo para correr pela oração – “vigiem e orem”. Vale lembrar que ser tentado não é pecado, pois Jesus também o foi, “em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15). O pecado está em aceitar, no coração, a sugestão pecaminosa da tentação. Mas, ao se resistir, vigiando e orando (Ef 6.18), a tentação fugirá de diante dos que são tentados (Tg 4.7).

Outra arma contra a tentação está em não confiar na carne, mas no poder do Espírito (Rm 8.4-8; 13.14; 2Co 10.3-5; Ef 4.24). Isso, contudo, não significa que a pessoa fica passiva nessa luta. Ao contrário, ela deve ser ativa no combate, impregnando a mente e o coração com “tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama e, se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento” (Fl 4.8).

Portanto, para vencermos as tentações é necessário usarmos as armas da vigilância, oração, dependência do Espírito e da ocupação virtuosa da mente.

Que o Eterno se compadeça de nós e que Ele nos honre com a vitória contra as tentações.

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

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