Quero lhe fazer uma pergunta bem pessoal: Por que você procura a igreja?

Para ver seus amigos (em outro lugar você não conseguiria)?

Motivado pelo legalismo (se não for à igreja Deus castiga)?

Não consegue manter comunhão com Deus fora do templo?

Pensa que as bênçãos de Deus caem apenas no templo?

Para barganhar com Deus (novena gospel)?

Enfim, por que você procura a igreja?

As razões que o trazem à igreja revelam o que você pensa sobre o propósito dela.

O texto de Mateus 21.12-17 trata-se do único relato em que Jesus se envolve num certo tipo de ação violenta, embora não haja qual-quer indício de que ele tenha intencionado agredir ou ferir alguém. É, portanto, um texto sério, que, acima da média, deveria chamar a nossa atenção.

Jesus estava a caminho da cruz, ou seja, vivendo os seus últimos dias de vida; já estava na reta final. Ele, então, entra em Jerusalém de forma triunfal. Dessa forma, tudo no texto chama a nossa atenção para a importância e a seriedade do momento. Jesus falaria sobre como deve ser o ajuntamento do povo de Deus na adoração. Adoração é coisa séria.

O que Jesus nos ensina sobre os propósitos da reunião coletiva da igreja – sobre os seus cultos públicos? Quais são os propósitos da i-greja – da igreja reunida para cultuar?

1. A IGREJA É CASA DE ORAÇÃO – “Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração” (v. 13).

Se igreja é casa de oração, pressupõe-se que, ao nos dirigirmos a ela, devemos nos preparar. Ao nos dispormos a ir à igreja, devemos cultivar a explícita intensão de mantermos comunhão íntima e pro-funda com Deus.

Você se prepara para vir à igreja? Como? O que você assiste antes de vir para cá? A que horas você vai dormir no sábado à noite? Que música você ouve quando está a caminho? Que tipo de conversa acon-tece no carro ou durante a caminhada? Como você ensina isso a seus filhos? Você os instrui sobre o culto, ou simplesmente os entrega ali no ministério infantil?

2. A IGREJA É CASA DE CURA – “Vieram a ele, no templo, cegos e coxos, e ele os curou” (v. 14).

Sempre que nos aproximamos de Jesus, da comunhão intencional com Ele, somos expostos à grande possibilidade de cura. Onde a gló-ria de Deus se manifesta, a cura acontece – cegos e coxos são cura-dos. Destaco aqui a cura física, moral e a cura espiritual.

3. IGREJA É CASA DE ADORAÇÃO – “Da boca de pequeni-no e crianças de peito tiraste perfeito louvor” (v. 16).

Templo é lugar de louvor. Louvor é muito mais que cantar; é muito mais que entoar a teologia correta na melodia e no ritmo apro-priados. Deixe Jesus mesmo definir para nós qual é o louvor que agrada a Ele: “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).

O Novo Testamento, com a vinda de Cristo, inaugura um novo tempo na adoração. O seu local e a forma tornam-se, no mínimo, irrelevantes, porque a verdadeira adoração deve estar de acordo com a verdade (a Palavra) e ser expressa de coração (em espírito).

 

Soli Deo Glória

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

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