Jesus foi convidado para sair de Gadara pelos donos dos porcos que se afogaram após caírem no mar. Ao chegar ao outro lado desse mar, em Cafarnaum, uma multidão o comprimia, mas apenas Jairo e a mulher hemorrágica se destacam no meio da multidão.

Warren Wiersbe diz que esses dois personagens nos ensinam alguns contrastes:

Jairo era líder da sinagoga; ela uma mulher anônima;
Jairo era líder religioso; ela uma excluída da comunidade religiosa;
Jairo era rico; ela perdera todos os seus bens em vão, buscando saúde;
Jairo tivera a alegria de conviver doze anos com sua filhinha que, agora, estava à morte; ela sofria havia doze anos de uma doença que a impedia de ser mãe;
Jairo fez um pedido público a Jesus; ela se aproximou dele com um toque silencioso e anônimo.

Jesus atende ambos, mas a atende primeiro.

Penso que um tema para esse episódio, narrado em Marcos 5.24-34, possa ser “O Toque da Fé”. Em face disso, quero destacar três lições que o texto nos apresenta. Vejamo-las:

O primeiro passo acontece quando tomamos consciência de que temos uma grande necessidade (Mc 5.25). O sofrimento daquela mulher era prolongado; ela estava sofrendo durante doze anos. Foi um tempo de busca e também de desesperança, certamente de noites maldormidas, insônia, dor e lágrimas. Pelo texto constamos que, mesmo em face de não ter alcançado a cura, mesmo tendo gastado todo o seu dinheiro com os médicos, ela era uma mulher batalhadora e incansável, pois não ficou reclamando da vida, mas procurou a solução para sua enfermidade. Em virtude de seu fluxo de sangue contínuo, ela era alvo de terríveis separações, dentre elas: a) A separação conjugal – Se ela fosse casada, não podia se relacionar sexualmente com o marido, pois a lei o proibia (Lv 15.31); b) A separação Social – Uma mulher com hemorragia não poderia relacionar-se com as pessoas; antes, deveria viver confinada na caverna da solidão. Por mais de uma década ela não pudera abraçar nenhum familiar sem causar-lhe dano; c) A separação Religiosa – Em virtude do seu fluxo de sangue, ela era tida como impura e não podia entrar no templo nem na sinagoga para prestar adoração. Ela estava proibida de participar do culto público, visto que estava em constante condição de impureza ritual (Lv 15.25-33).

O segundo passo tem a ver com a nossa busca por Jesus – Veja que a enfermidade levou a mulher a recorrer a Ele. Depois de procurar vários médicos sem encontrar solução para o seu problema, ela buscou Jesus. Ela ouvira falar d’Ele e das maravilhas que Ele fazia (5.27). Pela permissão do Eterno, às vezes somos levados a Cristo por causa de um sofrimento, de uma enfermidade, de um casamento rompido, de uma dor que nos aflige. E aquela senhora rompeu todas as barreiras e foi tocar nas vestes do Mestre.

O terceiro passo acontece quando o contato com Jesus nos leva a anunciar aos outros o que Ele fez por nós (5.33). Você precisa contar às pessoas tudo o que Cristo fez por você. Ele quer que você torne conhecido tudo o que Ele fez em você e por você. Não se esconda no meio da multidão, secretamente. Não cale sua voz. Não se acovarde depois de ter sido curado. Talvez você já conheça o Senhor há anos e ainda não o fez conhecido aos outros.

Querido irmão, quero incentivá-lo a levar a Jesus a sua causa. Coloque-se aos pés d’Ele e clame por misericórdia. Creia que a noite escura passará e o sol voltará a brilhar novamente para você. Desejo que o Eterno estenda sua mão abençoadora sobre você e toda a sua família.

Seu pastor

Rev. Romildo Lima de Freitas

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