Afirmam alguns: “A família está morta”.  Mas, apesar das estatísticas, apesar das crises, apesar de tudo o que ouvimos, pelo contrário, o Altíssimo ainda não decretou a morte dela.  O plano que Ele implementou no Jardim do Éden, e que foi resgatado na cruz do Calvário, continua em pé, hoje.

Faz-se necessário renovar uma perspectiva realmente bíblica do propósito de Deus para a família se anelamos por um reavivamento desta em nossos dias.

Quero afirmar que sua família existe para “Espelhar a imagem de Deus”. No princípio, o Altíssimo criou o homem e a mulher, cada um à sua imagem, representando algo sobre a Pessoa de Deus como indivíduos, por exemplo: personalidade, intelecto, emoção, vontade, espírito, etc.  Mas nosso Pai também criou os dois à imagem de Deus: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27).   “Homem e mulher os criou” (à imagem de Deus) significa que ambos, como casal, revelam aspectos profundos sobre a Pessoa de Deus. Esse foi o primeiro propósito d’Ele para a união conjugal, e revela a centralidade do relacionamento marido-esposa em Seu plano.  Mas exatamente o que o casal reflete que o indivíduo não?

1.º O casal reflete unidade em diversidade, assim como vemos na Santa Trindade, onde há três pessoas distintas, com funções diferentes, mas com harmonia total.  Assim Deus criou o casal para existir em duas pessoas distintas, numa união tão completa, tornando-se “uma só carne” (Gn 2.24), com intimidade, harmonia e unidade.  Imagine!  O casal, casado, pode ser uma ilustração, na Terra, da natureza divina.  Por isso ele precisa proteger o relacionamento a dois a qualquer custo, valorizando as diferenças e vivendo em harmonia.

2.º O casal reflete a imagem de Deus através de qualidades de relacionamento.  Há, nele, aspectos da personalidade de Deus, Seus atributos, que somente se veem em comunidade, tais como: amor incondicional, bondade, longanimidade e misericórdia.  Deus criou a família como o lugar ideal para ver esses atributos na Terra.

3.º Descobrimos que essa imagem de Deus no casal inclui o aspecto de procriação de novas imagens.   Em Gênesis 5.1-3 descobrimos que “No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou. Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete.”  Os filhos são fruto do amor dos pais e, pela graça de Deus, também são novas imagens não somente d’Este, mas também são pequenos espelhos do amor dos pais.

O autor Bob George, para explicar a importância do espelho do casal, imagina uma cena em que um marciano chega ao Jardim do Éden querendo saber mais sobre o Criador.  Ele pergunta a um papagaio como poderia aprender algo sobre Deus.  O papagaio responde: “Veja o casal, veja o casal!”  E foi assim.  Para espalhar o conhecimento e Sua glória no mundo inteiro, Deus plantou uma família no Jardim e deu-lhe a ordem: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a (Gn 1.28).  Essa é a primeira forma da “Grande Comissão” e a primeira ordem na Bíblia.  Deus queria que o conhecimento d’Ele, através do casal, fosse espelhado no mundo inteiro.  Não fosse a queda, Adão e Eva teriam multiplicado a imagem de Deus ao redor do globo, através de pequenas representações da Santa Trindade e do Amor de Deus.

Querido, entenda que sua família é projeto de Deus. E o plano do Eterno é que você, como marido ou esposa, possa refletir a imagem de Cristo, como um espelho para aqueles que estão ao seu derredor. Mas, para que isso aconteça, se faz necessário que o casal busque a Deus e ande eu sua presença diariamente.

Seu pastor

Rev. Romildo Lima d Freitas

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