A tentação vem para todos: homens e mulheres, jovens e adultos, patrões e empregados, crentes e incrédulos. O mundo, a carne e o diabo são bastante criativos na hora de nos tentarem com seus prazeres passageiros. São variadas as formas de tentação. O Novo Testamento parece nos apresentar as mais comuns, em três categorias bem definidas. Há, segundo os autores sagrados, três tipos de pecado, dos quais devemos fugir:
A Idolatria – 1Co 10.14: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria”. Ídolo é tudo o que se interpõe entre nós e Deus. Qualquer coisa que valorizamos acima de Deus pode ser um ídolo. Tudo o que nos domina e nos controla é uma forma de idolatria. Aquilo que mais nos apetece e dá prazer pode ser um ídolo: comida, bebida, sexo (lícito e ilícito), drogas (lícitas e ilícitas), relacionamentos, trabalho, filhos, saúde, etc.
A Imoralidade – 1Co 6.18: “Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo”.
O Materialismo – 1Tm 6.10,11: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus foge destas cousas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão”. O deus materialista pode nos transformar em pessoas injustas, impiedosas, sem fé, sem amor, inconstantes e explosivas (cf. v. 11).
Podemos definir tentação como sendo “aquilo que nos atrai, seduz e que nos leva à desobediência aos preceitos de Deus”. Sendo assim, como saber se o objeto do nosso desejo é uma tentação a ser combatida? Toda vez que o desejo distorcer o objeto desejado (comida, outra pessoa, dinheiro, etc.) e desonrar a Deus, ele deverá ser tratado como uma tentação e, portanto, combatido. Nessa luta, saiba que: (1) A tentação é inevitável (Tg 1.13a), mas, em si, não é pecado, pois ser tentado não é pecado. Pecado é ceder à tentação. (2) A tentação não é um teste de Deus (Tg 1.13b). Todos nós somos testados e tentados. Nossos testes podem vir de Deus, mas as tentações nunca vêm dele. (3) – A tentação é previsível (Tg 1.14,15).
Agora que construímos um entendimento bíblico mais completo sobre a tentação, precisamos completar o treinamento básico de combate esse gigante com algumas estratégias práticas:
1. Nunca se julgue forte demais para resistir – “Estas coisas lhe sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado. Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1Co 10.11,12).
2. Sempre haverá um escape para a tentação – “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além da vossa força; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10.13).
3. Vigie e ore para não cair em tentação – “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal […] Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 6.13; 26.41).
4. Escolha a arma certa para combater cada tentação – Saiba que há tentações que precisam ser resistidas (Tg 4.7); que precisam ser evitadas. Recue! Fuja delas! (1Co 10.14; 1Co 6.18; 1Tm 6.10,11; 2Tm 2.22); que precisam ser revertidas (1Tm 6.9,10,17-19).
5. Cuidado com influências que podem tentar você – “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau” (Pv 13.20); “Não entre na vereda dos perversos, nem siga pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passe de largo; pois não dormem, se não fizerem o mal, e foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém” (Pv 4.14-16).
Que o Eterno continue abençoando sua vida e que você tenha forças para vencer todas as tentações, em nome de Jesus.
Seu pastor
Rev. Romildo Lima de Freitas