Essa pergunta está registrada em Mateus 18:12,13 e Lucas 15:4-7. Foi feita por Jesus sobre o fato de um homem deixar noventa e nove ovelhas reunidas e ir à busca de uma que se extraviou. Ela, a meu ver, requer reflexão de nossa parte, pois, na prática como “igreja/membros”, temos ficado junto às noventa e nove e pouca preocupação temos tido com as extraviadas.

Nossa atitude ainda se torna mais grave diante das revela-ções dos textos acima citados, que nos apresentam o Deus Pai e o Deus Filho aprovando a atitude de o homem deixar as noventa e nove para ir à procura da que se perdeu.

Os argumentos dessa aprovação são indiscutíveis:

1) − “… o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Mt 18:11).

2) – “E quando a encontra (a ovelha perdida), em verdade vos digo que maior prazer sentirá por causa desta, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram” (Mt 18:13).

3) – “Digo-vos que, assim, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc 15:7).

Até quando estaremos fazendo o contrário? Todos nós, que fazemos parte da igreja militante, devemos, com muita sinceridade e temor diante de Deus, fazer uma análise de nosso grau de envolvimento com a obra evangelística deixada por Jesus para todos os seus discípulos.

Feita uma reflexão sincera, logo perceberemos que, na maioria das vezes, ficamos sempre cuidando de uma minoria reunida, enquanto a maioria se encontra perdida e dispersa. Se o homem citado por Jesus preocupou-se com uma somente, o que diremos de nós, Igreja de Cristo?

O que estamos fazendo para encontrar aquelas ovelhas que Jesus afirmava ter, mas que ainda não estavam no aprisco? (Jo 10:16).

O que temos feito em favor dos perdidos? Envergonha-nos a pergunta de Jesus. E continuará a nos envergonhar enquanto não tivermos o senso de valorização correta que esses versículos nos apresentam.

Até quando as ovelhas reunidas exercerão a primazia de nossa atenção e desgaste?

No livro “Repensando a igreja Evangélica”, o autor afirma que, “… na maioria de nossas igrejas gastamos 99% de tempo, dinheiro e serviço com as noventa e nove que ficam e somente 1% com a extraviada ou desgarrada”.

Diante desse dado, como é difícil responder à pergunta de Jesus: “O que vos parece?” Pois a nossa prática, como “membros”, nos leva a priorizar as “reunidas”, enquanto o Pai e o Filho priorizam as “perdidas”, de acordo com os textos em exposição. As noventa e nove reunidas “não necessitam de arrependimento”, mas nós, “igreja”, precisamos, sim, arrepender-nos de não estarmos preocupados com as perdidas.

Provavelmente, temos muitas justificativas do porquê não nos envolvemos com a obra da evangelização dos perdidos. Alguns alegam que é por falta de preparo; muitos falam que não têm tempo; outros afirmam que têm medo de ser confrontados. E você, o que tem usado para justificar o não envolvimento com a obra de evangelização?

 

Soli Deo Gloria

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

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