Li, certa vez, uma frase que até hoje carrego guardada em meu coração: “A oração é a chave que abre o coração de Deus.” Ou seja, ela é o canal para conversarmos com o Altíssimo. Mas por que muitos cristãos fazem pouco uso desse instrumento? O que acontece na vida desses que negligenciam um tempo com Deus? Podemos listar algumas possíveis respostas: “Falta de tempo”; “Não sei falar com Deus”; “Deus não me atendeu em certa ocasião e, por isso deixei, de orar”, etc.

Em nossa caminhada cristã somos informados de que existem alguns “destruidores de oração” que, em determinado momento, atingem nossa vida. Então vejamo-los:

1 – Pecado não confessado – Isso corta nossa comunhão com o Pai Celestial. O profeta Isaías disse: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o Seu rosto de vós, de modo que não vos ouça” (Is 59.2).

O pecado “jaz à porta”; se você a abrir, ele entra. É preciso evitá-lo, mas, caso você peque, é necessário confessá-lo e abandoná-lo. Uma das evidências de que você está arrependido é procurar não mais cometer o mesmo erro.

2 – Conflito não resolvido em um relacionamento – O senhor Jesus afirmou: “Portanto, se estiveres apresentando tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali, diante do altar, a tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta” (Mt 5.23,24).

O apóstolo Pedro caminha na mesma vertente quando fala do relacionamento entre os cônjuges: “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade; por isso que sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (1Pe 3.7).

No que depender de você viva em paz com o seu semelhante. Procure reconciliar os relacionamentos quebrados para que suas orações sejam ouvidas nos céu.

3 – Egoísmo no coração – Tiago afirma: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos próprios prazeres” (Tg 4.3). Muitos dos nossos pedidos são inapropriados, pois não visam à glória de Deus e sim à nossa autopromoção. Caso, Deus nos atendesse, eles nos levariam para longe de Sua presença.

4 – Dúvida no coração – A dúvida é a incerteza que nos leva a não acreditar que algo possa realmente acontecer. Veja a recomendação bíblica: “peça-a, porém com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma cousa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1.6,7).

O escritor aos Hebreus afirma que “… fé, é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem” (Hb 11.1). Enquanto existir dúvida, a oração não será respondida.

Queridos, não sei se os destruidores de oração listados acima têm atrapalhado sua vida de oração. Ou quem sabe, além desses, existam outros?

Quero incentivá-los a vencê-los. Para isso é necessário colocarmos em prática a recomendação bíblica: “chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros, purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dividido, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai […]; humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.8-10). Faça isso e viva para a glória de Deus.

Soli Deo Gloria

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

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