O dízimo é um reconhecimento da soberania de Deus. Que Deus é dono inalienável de tudo e que o homem é seu mordomo é tão verdade para o cristão, sob a graça, como o foi para o judeu devoto, sob a lei. Deus é tanto Senhor para o seu povo Israel (a Igreja), hoje, como o foi no tempo antigo de Israel.

Davi declarou: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1). Aqui está compreendida a verdade sobre a soberania de Deus a toda a criatura, em toda a parte e para todas as épocas. Escrevendo aos coríntios, Paulo também deu ênfase a essa realidade, sob outra perspectiva. Ao se referir aos crentes, ele disse: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co 6.19,20).

Percebe-se que os autores do Antigo Testamento viram os direitos de Deus sobre a vida do homem à luz da criação. Já os escritores do Novo Testamento os viram à luz do calvário. Ambos estão corretos e se complementam; em Cristo nós fomos criados e redimidos. É por essa razão que não dá para se descartar o Antigo Testamento, mesmo ao se falar de dízimos e ofertas. Paulo compreendeu muito bem tudo isso, a ponto de escrever aos romanos dizendo: “Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos” (Rm 14.8,9).

Em sua primeira carta, Pedro escreveu de forma semelhante: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1Pe 1.18,19).

O dízimo é um sinal – uma prova de que você não é dono, mas devedor… Ao dizimar, você reconhece a soberania de Deus sobre os cem por cento de toda a sua renda.

Leia, com atenção, o texto a seguir: Certa faculdade de estudos agrícolas fez um apanhado das coisas que se empregam na produção de cem alqueires de milho em meio hectare de terreno. O homem contribui com o trabalho e, claro, com certo investimento financeiro. Deus, por sua vez, coopera com várias coisas: cerca de 1.800.000 litros de água; uns 3.200 litros de oxigênio; 2.400 kg de carbono ou 8.200 kg de monóxido de carbono; 73 kg de nitrogênio; 57 de potássio; 908 gramas de ferro, além de pouca quantidade de iodo, zinco e cobre. Cem alqueires de milho! Quem os produziu? De quem realmente são?

Dizimar é honrar a soberania de Deus. Dizime. Ele é o dono de tudo.

Glórias somente a Deus

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

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