O apóstolo Paulo, ao escrever sua segunda carta ao jovem pastor Timóteo, fez a seguinte recomendação: “Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar desses erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra” (2Tm 2.20,21).

Conta-se que, numa carpintaria, certa vez houve uma estranha as-sembleia. Foi um verdadeiro bate-boca para se acertarem diferenças.

Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria de renunciar. A causa? Fazia demasiado ba-rulho; e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e as ferramentas e iniciou o seu trabalho. Utilizou justamente o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.

Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: “Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro não trabalha com os nossos defeitos, mas, sim, com as nossas qualidades, com nossos pontos fortes. Assim, proponho abandonarmos esta discussão e nos concentrarmos em tarefas construtivas”. A propos foi aceita por unanimidade e todos se sentiram, então, uma verdadeira equipe, capaz de produzir objetos de qualidade, se unidos num mesmo propósito e nas mãos e na mente do hábil carpinteiro.

Essa história ensina-nos algumas lições práticas

sobre a vida da igreja:

No meio da igreja temos pessoas com virtudes e defeitos. Os defeitos devem ser suportados e as virtudes aproveitadas. Antes de apontar os defeitos dos outros, lembre-se de que você também é imperfeito. Portanto, vamos nos concentrar nas virtudes uns dos outros e dar apoio para que a obra possa avançar cada vez mais.

Se olharmos para os defeitos dos irmãos jamais nos envolve-remos em algum ministério. Assim sendo, nunca seremos usados por Deus para realizar alguma tarefa importante. Deus usa pessoas imperfeitas.

Toda equipe eficaz congrega pessoas diferentes e imperfeitas. A igreja é a equipe que, humanamente, jamais daria certo ou realizaria algo de sucesso. O segredo da eficácia da igreja é que ela está na mente e no coração de Deus.

Troquem as discussões inócuas e maledicentes por projetos interessantes e ações construtivas. Pare de ser pessimista; pare de criticar; pare de ser evasivo; pare de ser chato. A História é feita de gente que faz e que trabalha para o Deus que age. Em síntese, vamos nos concentrar em tarefas construtivas.

Nestes dias que estamos agradecendo ao Bondoso Deus as bênçãos recebidas ao longo desses 90 anos, quero incentivá-lo a trabalhar para que nossa vetusta igreja seja cada vez melhor.

Rev. Romildo Lima de Freitas

Soli Deo Gloria

 

Share →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *