Está se findando o mês de fevereiro. Ainda é tempo de novos sonhos e desafios. De investimento e semeadura. A vida é feita de escolhas e decisões. Se fizermos escolhas erradas, nós nos distanciaremos do alvo de Deus para nossa vida. Se fizermos uma semeadura errada, no campo errado, no momento errado, certamente faremos também uma colheita errada. Nós colhemos o que semeamos.

O apóstolo Paulo fez a seguinte afirmação à igreja de Corinto: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus” (1.ª Coríntios 3.6). Veja que ele fez a parte que lhe era devida. Apolo também deu a sua contribuição. E Deus, o dono da seara, fez com que ela frutificasse.

Quero destacar alguns princípios que podem servir de direção para fazermos o que é de nossa competência, no que tange à lei da semeadura:

Tenha consciência de que, para semear, é necessário um tempo de preparação – Acredito que em tudo na vida seja necessário um tempo de preparação. Por exemplo: se você deseja trabalhar como professor, dentista, mecânico, etc., é preciso um tempo de preparo para que possa exercer, com excelência, sua profissão.

O agricultor, antes de espalhar a preciosa semente, deve preparar o terreno. Lançá-la sem primeiro arar a terra é trabalhar para o desastre. Na parábola do semeador (Marcos 4), Jesus falou que o semeador lançou a semente à beira do caminho, no chão batido e sem umidade. Ela não penetrou na terra e, por isso, as aves dos céus vieram e comeram-na. Lançou-a, também, no terreno pedregoso e ela até nasceu, mas, por falta de umidade, mais tarde secou. De igual forma, semeou no meio dos espinheiros e a semente, ao nascer, foi sufocada e, mirrada, não produziu frutos.

Apenas a que caiu na boa terra frutificou a trinta, a sessenta e a cem por um.

Nós somos os semeadores e também o campo onde a semente é lançada. Precisamos preparar nosso coração para receber essa divina semente.

Tenha consciência de que a semeadura exige esforço e sacrifício − O salmista afirmou: “… quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmo 126.6). Semear não é coisa fácil: exige preparo, esforço e sacrifício. Para semear precisamos sair da nossa “zona de conforto”. Às vezes enfrentaremos os ataques do diabo. Os homens, as aves, os espinhos e as pedras também conspiram contra nossa semeadura. O diabo rouba, os homens pisam, as aves arrebatam, os espinhos picam e as pedras ferem. É por isso que a semeadura, muitas vezes, nos arranca lágrimas. Mas o semeador não desiste por causa do sacrifício; ele sai andando e chorando enquanto semeia, pela certeza de que a colheita é certa, abundante e feliz.

Tenha consciência de que a semeadura determina a colheita − Aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Quem semeia amor, colhe simpatia. Quem semeia bondade, colhe misericórdia. Quem semeia amizade, colhe afeto. Quem semeia no Espírito, do Espírito colhe vida eterna; mas quem semeia na carne, da carne colhe corrupção. Não podemos colher figos de espinheiros. A colheita não é apenas da mesma natureza da semeadura, mas também mais numerosa que ela. Quem muito semeia, com abundância ceifará. Nossas palavras e ações são sementes que se multiplicam para o bem ou para o mal. Precisamos ser criteriosos na escolha das sementes.

Quero finalizar fazendo a seguinte pergunta: Que tipo de semente nós temos semeado, neste início de ano, em nossa vida, em nossa família e em nossa igreja? Meu desejo é que Deus nos ajude a semear com alegria e com abundância para colhermos os frutos certos no tempo d’Ele.

Soli Deo Glória

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

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