Vivemos em um contexto onde muitos prestam cultos aos “deuses”. Analisemos algumas características do falso culto:

O falso culto é seguido pela maioria – Quando examinamos o falso culto, aprendemos que ele é sempre seguido pela maioria. Con-tinuemos nossa análise usando, como modelo, o capítulo 18 do 1.º livro dos Reis. Vejamos o versículo 22: o Profeta reclama que ele está só e os profetas de Baal são 450. “Sois muitos”. A religião da maioria sempre declina… A Igreja cresce no número, cresce no “poder”, mas perde na santidade, perde no caráter, perde na fidelidade. Tem sido assim na sua história. Toda vez que ela cresce na quantidade, diminui na qualidade. Jesus disse que o caminho largo é seguido por vasta maioria. Estamos acomodando nossa fé, nossa religião, aos reclamos do mundo.

Crentes mundanizados enchem a Igreja hoje. E avançamos mais para a imitação do mundo. A nossa diferença com os ímpios desapa-rece. Já pensamos como eles, falamos como eles, nos divertimos co-mo eles, vivemos de igual modo. Enchemo-nos de toda vaidade quando nos acham parecidos com o mundo. Precisamos, urgente-mente, nos lembrar desta verdade solene: a maioria se perderá. Foi assim na época de Noé, de Sodoma: o povo de Deus foi dizimado e permaneceu o “toco”, a “santa semente”; salvou-se “o renovo”. Não é diferente hoje. Muitos são chamados, poucos os escolhidos. Quando vemos as grandes igrejas lotadas, podemos agradecer a Deus e nos dobrar na vigilância. Na época dos profetas menores, o povo ia, em multidão, à Igreja, mas o seu coração estava longe do Senhor.

O falso culto tem um fogo estranho – O profeta Elias ordenou aos profetas de Baal: “Não lhe metais fogo”. O culto falso é um culto onde falsos fogos são admitidos. Elias estabeleceu que o fogo deveria vir do céu. Deus não aceita fogo estranho em seu culto. Os dois filhos de Arão morreram por causa disto: trouxeram fogo estranho ao culto do Senhor. Há muita coisa estranha, hoje, no culto de Deus. Sem conhecer a Escritura, temos admitido, ao culto de Deus, fogo de “entusiasmos”, fabricado por “animadores”. “Ensinamos” as coisas espirituais. Acrescentamos novidades ao culto, tornando-o show. Incrementamos “fortes expressões corporais”. Não lhe metais fogo! Quanto fogo falso! Deus não pediu isso em sua palavra. Ele não é um ser cheio de caprichos. O culto de Deus deve ter somente o fogo do Espírito. O fogo que santifica, transforma. “Não lhe metais fogo.”

O falso culto é voltado para impressionar – A busca desenfreada de emoções pode ser uma compensação psicológica de vazio espiritual. Não foi assim nos tempos de Malaquias? Quantas lágrimas na igreja, camuflando muitas injustiças, na sua época. Enganoso é o coração! Quanto cuidado devemos ter!

O falso culto é voltado para o homem – O falso culto deixa de ser cristocêntrico para ser antropocêntrico, ou seja, o centro do culto não é Jesus e sim o homem.

Para enfrentarmos o falso culto é necessária profunda convicção, uma fé que se põe contra todas as evidências. Exigir-se-á de nós uma definição, uma atitude de maturidade que não se encontra com a maioria. Exigir-se-á, também, um apego à verdadeira espiritualidade, contra os pseudofogos das armadilhas psicológicas e não nos deixarmos impressionar pela manifestação que visa a enganar os incautos.

Soli Deo gloria

Rev. Romildo Lima de Freitas

 

 

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