Partindo-se do pressuposto de que é errado um cristão envolver-se com festas juninas, quais são os perigos delas para a vida espiritual do crente? Quero elencar alguns. Vejamo-los:
O perigo de se perder a identidade como parte do povo de Deus – As bases das festas juninas estão alicerçadas nas práticas das festividades pagãs, onde se ofereciam louvores em honra de falsos deuses. Eram as festas das colheitas. As festas juninas usurparam isso dos gentios, apenas com o detalhe de lhes dar uma roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel na terra prometida, advertiu-o, severamente, que não usasse esse tipo de costume. Disse Ele: Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos (Dt 18.9). Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora terminantemente proibido por Deus.
Paulo, escrevendo à Igreja de Corinto, orienta-a que não deveria envolver-se em alianças ou sociedades com os incrédulos (2Co 6.14-18). O ponto, aqui, é que os crentes precisam evitar qualquer situação em que fiquem em jugo desigual com um incrédulo. Isso inclui associações por meio das quais aqueles que não têm os mesmos valores espirituais possam exercer pressão sobre você. Nesse caso, a festa junina, que tem padrões e propósitos diferentes dos nossos, exerce uma pressão, principalmente a incredulidade e a idolatria.
Ao nos associarmos com os incrédulos perdemos nossa identidade de povo escolhido, santo, separado; deixamos de ser sal e luz do mundo. Desligados do sangue vital da Igreja, nossa vida espiritual desvanece e acaba por deixar de existir.
O primeiro sintoma de enfraquecimento espiritual é o comparecimento irregular aos cultos e outras reuniões. Quando nos tornamos descuidados com a vida espiritual e com a igreja, o resto também começa a desmoronar. Vejamos algumas razões irrefutáveis das consequências desse perigo:
1.ª – A família cristã não nos identifica como cristãos autênticos. Não posso dizer que sou um cristão autêntico se não tenho compromisso com Deus e com a Igreja;
2.ª – A família cristã não nos tira do isolamento egoísta. É nela que aprendemos a nos relacionar com a família de Deus. Somente pelo contato regular com outros cristãos podemos aprender o verdadeiro companheirismo e experimentar a verdade do Novo Testamento: sermos unidos e dependentes uns dos outros;
3.ª – Não desenvolvemos músculos espirituais. Somente a plena participação nas atividades da igreja local desenvolve músculos espirituais em nós. Pode parecer fácil ser santo quando não há ninguém por perto, mas essa é uma santidade falsa. Isso só produz falso conceito; faz-nos pensar que somos maduros, o que é fácil quando não há ninguém para nos contestar. A verdadeira maturidade se manifesta nos relacionamentos;
4.ª – A família cristã não irá impedir você de decair. Ninguém está imune à tentação. Deus, sabendo disso, nos deu a responsabilidade de mantermos uns aos outros no caminho certo. “Não é da sua conta” não é uma frase cristã. Somos chamados e ordenados a nos envolvermos na vida uns dos outros. Se soubermos que existem pessoas que estão vacilando espiritualmente, é nossa responsabilidade ir atrás delas e trazê-las de volta à comunhão.
Que o Todo-Poderoso nos capacite para, neste mundo mau e perverso, não perdermos nossa identidade de filhos de Deus. Portanto, aja como um filho do Eterno no trabalho, na escola, na sociedade e no mundo.
Com carinho, seu pastor
Rev. Romildo Lima de Freitas
Continua na próxima pastoral
muito oportuna a advertência, principalmente para os novos crentes..
muito oportuna a advertência, principalmente para os crentes novos na fé.