“E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor.” (At 5.14)
Em Atos 1.15, Lucas faz referência a um grupo de aproximadamente 120 pessoas (o núcleo da igreja nascente). Em Atos 2.41, informa-nos de que esse número aumentara para 3.000 pessoas. Em Atos 2.42-47, após descrever o inspirador estilo de vida dos primeiros convertidos caracterizado por perseverança, temor, desprendimento e companheirismo, Lucas conclui com o seguinte relato: “Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia os que iam sendo salvos.” Em Atos 4.4, Lucas já fala de quase 5.000 discípulos. No capítulo 5.14, ele volta a dizer: “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor.”
É importante observar que esse notável crescimento era um resultado natural da vida saudável de que desfrutava a comunidade.
O tão almejado e celebrado crescimento da igreja tem sido, hoje, a meta de muitas comunidades que investem pesado em técnicas e métodos para produzir crescimento a qualquer custo. Tais comunidades não compreenderam ainda que o crescimento deve ser um processo natural em um corpo que está vivo, que é bem alimentado e que desfruta de saúde.
O crescimento deve vir de Deus e não das metodologias. Nós apenas plantamos e regamos. É isso que Paulo afirma em I Co 3.6: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.”
Em Atos 6.1, Lucas continua falando acerca do crescimento da igreja. Também no v. 7 afirma que “crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos.” Finalmente, em Atos 9.31, ele apresenta um resumo da situação geral da igreja,
que a esta altura já havia se espalhado de Jerusalém para a Judeia, a Galileia e Samaria. O relato é positivo e, uma vez mais, o crescimento é apontado como uma consequência natural da vitalidade da igreja, expressa na paz, na edificação, no temor do Senhor e na assistência do Espírito Santo.
Exatamente por ser uma igreja viva, e vivificada pelo próprio Senhor, ela cresceu e se fortaleceu, concretizando-se assim as palavras do Senhor Jesus: “recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, até aos confins da terra.” (At 1.8).
É maravilhoso saber que somos parte de uma igreja viva, que a cerca de 2.000 anos tem comprovado sua vitalidade, prevalecendo contra as portas do inferno. Para comprovar que somos mesmo uma igreja viva, no tempo e no lugar onde o Senhor nos tem colocado, é imperativo e urgente que tomemos por modelo a comunidade descrita por Lucas. Uma igreja viva se conduz com ousadia, tem respostas para os dramas da sociedade, cresce e se fortalece.
Oremos ao Senhor da igreja, dizendo: Fortalece a tua Igreja, ó Bendito Salvador / Dá-lhe Tua plena graça, oh renova seu vigor / Vivifica, vivifica nossas almas, ó Senhor. Amém!
Rev. Eneziel Peixoto de Andrade