A afirmação do título enfatiza uma mudança radical no modelo de ministério vigente em grande parte das igrejas. Seria a substituição de um ministério centrado no clero, pelo ministério centrado no leigo. A atuação dos leigos deve ser mais e mais promovida. O discipulado bíblico requer exatamente isso. A base bíblica para esse modelo de ministério é a sublime doutrina reformada do sacerdócio universal dos crentes (I Pe 2.9).
John Han Hum Oak, pastor de uma grande igreja presbiteriana sul-coreana (Sarang Church) – com mais de 100 mil membros, fundada com forte ênfase em discipulado –, faz uma pergunta inquietante e dá um testemunho vibrante sobre a lógica do discipulado como caminho para uma igreja forte: “Que igreja colherá mais: a que apenas o pastor está trabalhando, ou a que 50 leigos trabalham juntos? Não há outro meio de criar líderes leigos a não ser por meio do treinamento de discipulado.” (Chamado para Acordar o Leigo, Cultura Cristã, 2006).
O discipulado não é, portanto, uma prerrogativa dos ministros ordenados, mas um privilégio de toda a Igreja; não é um mero treinamento, mas um estilo de vida; não é também uma estratégia inovadora, mas a redescoberta da infalível estratégia utilizada por Jesus.
“Carecemos de pessoas fiéis e idôneas, que possam transmitir a outras o caráter de Cristo, não apenas pela verbalização, mas também com a vida. A igreja necessita de um arrependimento verdadeiro e mudança de vida. Deve tornar a vida mais simples e menos rebuscada, mais cheia de frutos de vida e menos ativista, mais cristã e menos institucionalizada. Se acreditarmos no discipulado seremos os primeiros a mudar; e, se isso acontecer de fato, cumpriremos cabalmente a Grande Comissão, não como um programa a mais, mas como um estilo de vida, para a glória e honra de Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Luiz Augusto Corrêa Bueno – www.monergismo.com).