“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3)
O povo de Deus foi redimido em Cristo Jesus para desfrutar de um saudável relacionamento com Deus. Agora, em Cristo, já não há mais separação; podemos nos aproximar de Deus com toda a liberdade (Hb 10.19-22).
Mas, o povo de Deus foi formado também para desfrutar de uma saudável comunhão fraternal. Sabemos que o pecado interferiu diretamente no relacionamento entre as pessoas. Isso se pode ver, por exemplo, na atitude de Caim em relação ao seu irmão, Abel (Gn 4.1-10). A partir daí, a história humana passou a ser marcada pela dificuldade no relacionamento entre as pessoas. Em vez de viverem como irmãos, os homens passaram a lutar entre si, vendo o outro como inimigo.
A obra de Cristo promove a aproximação dos homens entre si, estabelecendo a reconciliação e a paz (Ef 2.17,18). Portanto, a comunidade cristã deve ser um espaço para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis. Não podemos jamais nos conformar com a inimizade que tenta se instalar na igreja, afastando as pessoas umas das outras. Os relacionamentos promovem a honra do nome de Cristo e fortalecem a Igreja. Como discípulos de Jesus, devemos nos empenhar em construir relacionamentos saudáveis, pois “é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.” (Tg 3.18).
A unidade cristã deve ser uma marca notória da Igreja. Paulo nos chama a andar de modo digno da vocação a que fomos chamados, mostrando que esse “andar digno” passa pelo caminho da unidade cristã, através de uma genuína comunhão, traduzida em relacionamentos saudáveis.
Rev. Eneziel Peixoto de Andrade