Além do problema a indiferença, conforme explanado no boletim anterior, há ainda outros fatores que ameaçam a integração que deve haver entre a família e a Igreja. Vejamos, então:
- A integração Família-Igreja é ameaçada pelas incompreensões
A igreja de Corinto sofria com as divisões decorrentes de incompreensões entre os seus membros. Em I Coríntios 11.18, Paulo escreve: “estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio.”
Aquela igreja, que era dotada de dons extraordinários, que realizava a obra do Senhor com liberalidade, estava com o seu ministério ameaçado, devido às incompreensões de algumas pessoas.
Pessoas e famílias que nutrem contendas e rixas na igreja desonram o nome de Cristo, prejudicam a obra de Deus e se prejudicam.
Para o bem da igreja e para o bem de nossas famílias, devemos ser mais compreensivos, cumprindo a recomendação de Paulo em Colossenses 3.13: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.”
Para superarmos as incompreensões e os problemas de relacionamento, somos desafiados a suportar uns aos outros, a perdoar, a amar.
- A integração Família-Igreja é ameaçada pela secularização
A conformidade com este século tem sido um dos grandes problemas que afetam a família e a Igreja. O pecado tem se tornado irresistível e já não assusta a ninguém mais; tudo é normal, tudo pode.
Muitas famílias, hoje, estão adotando e dando aos filhos uma formação embasada muito mais nas práticas e costumes dessa sociedade corrompida, do que nos santos princípios cristãos apresentados na Palavra de Deus.
A resistência à secularização é, sem dúvida, o grande desafio à família e à Igreja hoje. Em Romanos 12.2, a Bíblia recomenda: “E não vos conformeis com este século…”
As famílias devem estar integradas à Igreja para, juntas, enfrentarem o tempo de decadência que estamos vivendo, caracterizado pela corrupção dos valores e o triunfo do mal.Vivemos uma época em que a Igreja deve fazer da família o seu principal foco de ação; e as famílias devem ver na Igreja um lugar de crescimento espiritual para o enfrentamento do mundo. Desprezar a Igreja e o compromisso com Deus é pôr em risco a estabilidade da família, sua felicidade e, sobretudo, o futuro dessa nova geração.
A sua família é importante para a Igreja; e a Igreja é importante para a sua família. Jamais abandone essa convicção. Quem compreende isso não perde tempo; e age tal qual Josué, que disse: “Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais… Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15).
Aproveitemos todas as oportunidades para desfrutar e promover a integração entre a família e a Igreja, na certeza de que essa é a vontade de Deus, conforme Filipenses 1.27: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo… firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica.”
(Rev. Eneziel Peixoto de Andrade)