A qualidade do relacionamento que a família tem com a Igreja demonstra o seu nível de espiritualidade cristã.
Como haverá espiritualidade no seio de uma família que não está integrada à Igreja, que a despreza, ou que só vive a criticar e a apontar erros (às vezes, até injustamente) na vida de pastores, oficiais e na vida dos irmãos em geral? Quando essa lamentável atitude tem lugar na vida familiar, os mais novos certamente acabam desenvolvendo uma aversão à Igreja; e todos ficam desmotivados.
A família que busca cumprir os propósitos do Senhor torna-se extremamente zelosa no que se refere ao seu relacionamento com a Igreja. Quando as críticas mal-intencionadas cedem lugar à simpatia, ao engajamento e ao serviço na causa cristã, toda a família se sente motivada a servir a Deus de forma ativa na Igreja. Consequentemente, todos se edificam, crescem e descobrem o prazer de servir ao Senhor com alegria.
A maneira como a família se relaciona com a Igreja evidencia se, de fato, os seus membros levam a sério a questão da espiritualidade cristã.
As relações familiares entre as famílias de Corinto estavam prejudicadas pelo partidarismo existente naquela igreja. É possível que membros de uma mesma família estivessem divididos e que famílias inteiras estivessem umas contra as outras. Tal ambiente de divisão era extremamente prejudicial.
A integração Família-Igreja, muitas vezes, é prejudicada pela nossa falta de habilidade ou de boa vontade para administrar os problemas da vida; e, quando isso acontece, as consequências são ruins: tanto para a família quanto para a Igreja. Sendo assim, essa integração deve ser preservada e fortalecida, pois as famílias precisam da Igreja e a Igreja precisa das famílias.
Há situações que põem em risco a harmonia entre as famílias e a Igreja. Por isso, devemos refletir sobre essa questão, à luz da Palavra de Deus. Quais são os fatores de ameaça?
A integração Família-Igreja é ameaçada pela indiferença
O indiferentismo de muitas famílias em relação à Igreja, bem como a existência de igrejas que não valorizam a família, resulta em prejuízos enormes para ambas as instituições. As famílias não podem ficar indiferentes às oportunidades e desafios propostos pela Igreja.
Vivemos dias difíceis. Diante disso, nossas famílias não podem abrir mão da Igreja. Em Hebreus 10.24 e 25 há uma clara exortação às famílias: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”
A Igreja, por sua vez, tem a responsabilidade de assistir as famílias: tanto materialmente (no caso de famílias necessitadas) quanto espiritualmente (ensinando a Palavra de Deus), pois a Igreja é despenseira das bênçãos de Deus para suprir os fiéis.
Portanto, quando há indiferença, por parte das famílias, ou por parte da Igreja, a integração se vê ameaçada e ambas são afetadas. Estejamos atentos a isso e enfrentemos a ameaça da indiferença.
(CONTINUA NO PRÓXIMO BOLETIM)
Rev. Eneziel Peixoto de Andrade