Vivemos em um contexto onde muitas coisas são colocadas para atrair nossa atenção. Milhões são investidos em propagandas, com a intenção de que o produto apresentado seja atraente aos olhos e ao bolso do consumidor.
Muitas igrejas têm procurado “atrair as pessoas”. E, para tanto, fazem um programa que agrade a todos os “consumidores de culto”.
Sonho com uma igreja atraente, porém tenho consciência de que ela nunca será perfeita. Mas que esteja o tempo todo tomando posição para agradar ao coração do Eterno. Penso que o povo que fizer parte dessa “igreja atraente” deva procurar, com toda sinceridade, os princípios do reino de Deus, de modo que Ele se agrade deles.
O texto de Tiago 4.8 é um convite para que os filhos de Deus possam, dia a dia, aproximar-se d’Ele. Vejamo-lo: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros”. O Altíssimo fez uma promessa para a sua igreja: quando nos aproximamos d’Ele, Ele se aproxima de nós. Nessa passagem Tiago argumenta conosco em favor do compromisso, da purificação e da contrição. Esses princípios, uma vez seguidos, contribuem para a harmonia e santidade em qualquer ajuntamento local.
Em Cristo fomos escolhidos e justificados, mas a santificação é um processo onde nós devemos buscar a Deus. E quanto mais perto d’Ele estivermos, mais Ele poderá nos usar para a Sua glória. Nesse sentido, quanto mais perto do Pai nossa Igreja estiver, mais atraente se tornará para o céu.
Creio que uma das marcas de uma igreja atraente é que ela tem fome da presença de Eterno. Uma casa de oração que anela por Deus, Ele ama abençoa. Talvez isso possa parecer estranho, considerando que a Escritura nos ensina sobre Sua onipresença, ou seja, que Ele está presente em todo lugar. O salmista retrata muito bem essa doutrina no Salmo 139.
Quando se fala de ter fome da presença de Deus, penso em três linhas, a saber:
1 – Trata-se de uma percepção maior da presença de Deus – Ele já se faz presente na igreja, mas queremos perceber mais Sua presença. Queremos estar mais atentos. Queremos maior consciência d’Ele em nosso meio.
2 – Trata-se de ansiarmos por ser cheios da plena medida do Espírito Santo – Embora a presença do Espírito Santo na vida do crente seja constante, Efésios 5.18-20 indica que nossa experiência pode variar de acordo com o grau do Seu poder operando em nossa vida. Somos cheios do Espírito quando Deus ocupa cada parte da nossa vida, quando Ele tem permissão para operar em nós tudo o que se propôs a realizar. Assim, Ele nos guia e nos controla.
3 – Trata-se de anelarmos por uma unção especial para realizar uma determinada tarefa – Podemos chamar isso de uma presença manifesta de Deus. Consiste no aumento claro e visível da operação de Deus em determinada situação, acontecimento ou vida. Por exemplo, um derramamento especial do poder de Deus pode fluir em uma reunião, ou tocar a vida de pessoas de determinada maneira, ou evidenciar-se de modo particular numa época especifica de avivamento.
Concluo afirmando que uma igreja que deseja ser atraente deve anelar pela presença de Deus mais do que qualquer outra coisa.
Seu pastor
Rev. Romildo Lima de Freitas