No mês de maio nossa Igreja se dedicou ao estudo sobre a família, o que estará se estendendo até hoje. Esse é um tema que nos preocupa e deve merecer especial atenção de todos os cristãos.
Como sempre se afirma, em primeiro lugar em nossa vida deve estar Deus e, logo a seguir, a família. Uma Igreja só será forte se tiver famílias bem-estruturadas, unidas. Para isso, elas devem estar embasadas na Palavra de Deus.
Infelizmente, hoje em dia o que vemos não é nada animador. O mundo dita suas regras, que nos são repassadas pela TV, rádio e internet. Estamos na era em que “nada deve ser proibido”. Nossos filhos, dentro do lar ou até nos colégios, muitos ainda sem uma personalidade formada, recebem uma gama de ensinamentos errôneos, que lhes são passados como verdades absolutas. Nossos legisladores e até o poder judiciário se têm colocado no lugar de Deus, criando normas e leis que são completamente contrárias às Escrituras.
A Bíblia, por exemplo, dá o homem como o cabeça do casal. Não para ser um tirano. Essa incumbência lhe foi atribuída por Deus, pois não é normal duas cabeças para um mesmo corpo. A mulher deve passar a exercer a liderança quando o esposo está incapacitado. Vieram nossos legisladores e atribuíram essa função aos dois ao mesmo tempo.
Deus deu aos pais a incumbência de educar os filhos e, quando necessário for, que seja usada até a vara da correção, a qual, quando aplicada com amor, costuma doer mais nos pais que nos filhos. Mas é necessária para que eles cresçam sabendo seus limites e tendo discernimento entre o certo e o errado. Porém nossos legisladores, influenciados por quem não poderia influenciar, criaram lei de que não se pode lhes dar uma leve palmada corretiva que seja. É como se dissessem: “A lei de Deus está errada. Nós a estamos corrigindo.”
Por outro lado, há instruções divinas que até cristãos rejeitam. Até hoje só vi e ouvi uma mulher dizer que, depois que compreendeu seu significado e motivo, aceitava a submissão ao marido e dava um Viva à diferença existente entre ambos.
Em vista de todas essas mudanças, hoje vemos uma inversão de lógica e valores. Pais não podem punir filhos rebeldes sob pena de serem presos, mas se um filho, beirando à maioridade, forte, já de barba, agredir os pais nada lhes acontece. E esse desrespeito já ultrapassou as portas dos lares, chegando aos colégios.
Embora o mundo esteja caminhando para o caos, o que pode ser um prenúncio do fim dos tempos, nós, crentes, temos de agir de acordo com a Bíblia, procurando fortalecer nossa família a cada dia. Temos de amar nossos filhos, porém impondo-lhes limites certos e justos, criando-os “na disciplina e na admoestação do Senhor”, sem provocá-los “à ira” (Ef 6.4), o que lhes será benéfico no futuro.
Porém o casal não deve somente ditar as ordens de Deus aos filhos, mas também obedecer a elas: o marido deve amar a esposa “como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”, morrendo numa cruz, e a mulher deve ser submissa “ao seu próprio marido, como ao Senhor” (Ef 5.22,25).
Que Deus nos fortaleça e ilumine para que possamos ter uma família que sirva de exemplo a todos à nossa volta.
Roosevelt Silveira