O maior apagão do mundo ocorreu na Índia no dia 31/7/2012, deixando cerca de setecentos milhões de pessoas sem energia elétrica.
O Brasil já enfrentou grandes “apagões”. Durante os últimos dois anos do governo de FHC, por exemplo, tivemos dois: em 1/7/2001 e 27/9/2002. Mas o maior aconteceu no dia 10/11/2009, atingindo dezoito Estados e cerca de noventa milhões de brasileiros, por um período de sete horas.
Sem energia elétrica, tudo para. A vida fica em standby. Os prejuízos são enormes.
Porém, pior do que o “apagão” que afeta o fornecimento e a distribuição de energia elétrica é o apagão que escurece a alma. Há momentos em nossa vida que tudo fica escuro ao redor e mais escuro ainda por dentro. Ficamos sem noção do que fazer. Apagam-se as luzes e acendem-se os medos. Esse corte de energia, esse blackout na alma, nos paralisa. Podemos pagar muito caro se não soubermos como agir.
No capítulo 32 do livro de Gênesis vemos que Jacó estava no olho da crise do “apagão”.
E quem nunca se viu em situação semelhante?
Ele se encontrava completamente sem segurança quanto ao futuro. Muitos questionamentos por certo lhe surgiram na mente: “Será que vou conseguir? Vou dar conta de todos aqueles a quem tenho para cuidar? Para onde ir? O que vai ser de mim?”
O que fazer quando acontece um “apagão” desses na alma?
Quero listar três sugestões que podem ajudá-lo a prosseguir com fé.
1 – Fé para fixar os olhos no mover sobrenatural de Deus – “Também Jacó seguiu o seu caminho, e anjos de Deus lhe saíram a encontrá-lo. Quando os viu disse: Este é o acampamento de Deus. E chamou àquele lugar Maanaim” (Gn 32.1,2). Perceba, com os olhos espirituais, o que Deus tem feito em sua vida ao longo da sua jornada.
2 – Fé para desviar a mente das aparências do engano – “Então Jacó enviou mensageiros adiante de si a Esaú… Voltaram os mensageiros a Jacó, dizendo: Fomos a teu irmão Esaú: Também ele vem a caminho para se encontrar contigo, e quatrocentos homens com ele. Então Jacó teve medo e se perturbou…” (Gn 32.3-7). Jacó representa muito bem inúmeros cristãos que experimentam o mover de Deus, mas, ao contemplarem “os gigantes”, os temem e se esquecem de que a mão do nosso Pai é maior que eles.
3 – Fé para se debruçar em oração mesmo quando parece que não adianta orar – “E orou Jacó: Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó Senhor, que me disseste: Torna à tua terra e à tua parentela, e te farei bem: Sou indigno de todas as misericórdias… Livra-me das mãos de meu irmão Esaú… E disseste: Certamente eu te farei bem…” Essa é a oração mais longa do Gênesis. E ela saiu dos lábios de Jacó.
Mesmo quando tudo parece não ter como ser resolvido, precisamos dobrar os joelhos em oração e aguardar a resposta do Altíssimo. Lembre-se de que “… os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.27).
Soli Deo Gloria
Rev. Romildo Lima de Freitas