O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu, no livro de orações do Rei Eduardo VI, um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento – celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro se tornou o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.

Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro desse mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.

Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de sessenta países, sendo que em alguns, a data é celebrada no segundo domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de cristãos em todo o País.

A Bíblia é o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo. Desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos, através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas.

Os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas foram: grego, hebraico e aramaico. Antigo Testamento: a maior parte foi escrita em hebraico e alguns textos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época.

Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.

Septuaginta (ou Tradução dos Setenta): esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.400 línguas diferentes.

Com a invenção da imprensa, na Alemanha, em meados do século 15, por um ourives chamado Johannes Gutenberg desenvolveu-se a arte de fundir ti-metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas à mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Essa nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 – alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão. E em outras seis línguas até meados do século 16 – espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.

Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua desses povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e a apreciar tais manuscritos.

Uma pessoa de grande destaque durante esse novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez, estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não completamente confiáveis.

Os mais antigos registros de tradução de trechos da Bíblia para o português datam do final do século XV. Porém, centenas de anos se passaram até que a primeira versão completa estivesse disponível em três volumes, em 1753. Trata-se da tradução de João Ferreira de Almeida.

A primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume, aconteceu em Londres em 1819, também na versão de Almeida. Veja, a seguir, a cronologia das principais traduções da Bíblia completa, publicadas na língua portuguesa:

1753 – Tradução de João Ferreira de Almeida, em três volumes.

1790 – Versão de Figueiredo, elaborada a partir da Vulgata pelo padre católico Antônio Pereira de Figueiredo. Foi publicada em sete volumes, depois de 18 anos de trabalho.

1819 – Primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume. Tradução de João Ferreira de Almeida.

1898 – Revisão da versão de João Ferreira de Almeida, que recebeu o nome de Revista e Corrigida, 1.ª edição.

2000 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje, elaborada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

2001 – Nova Versão Internacional, publicada pela Editora Vida e Sociedade Bíblica Internacional.

Curiosidades sobre a Bíblia:

* A nossa Bíblia contém 66 livros, 1.189 capítulos e 31.103 versículos

* Qual o menor versículo da bíblia: Na tradução Almeida Revista e Corrigida, é Lc 20.30: “e o segundo”. Na Revista e Atualizada, porém, Jó 3.2 tem apenas 7 letras: “Disse Jó:”.

* Quando a Bíblia foi dividida em capítulos e por quem? A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França.

Quero incentivar a cada membro da IPB em Guaçuí a ler diariamente à Palavra de Deus para que possamos conhecer mais sobre nosso Deus.

Rev. Romildo Lima de Freitas

Pastor da Igreja

 

 

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