O trabalho Presbiteriano em Guaçuí foi iniciado na casa do saudoso irmão Presbítero Joaquim da Silva Queiroz, na Rua Rio Grande do Norte, quando dedicados irmãos da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá, no vizinho Estado de Minas Gerais, lançaram a primeira semente, na época ainda do Rev. Aníbal Nora, a qual veio a germinar, dando os frutos satisfatórios na Igreja, que se organizou no dia 14 de novembro de 1920, completando 80 anos, o que atesta a idoneidade da obra.

Presidiu a comissão organizadora da igreja o Rev. Otávio de Souza e o Concílio que geriu a organização era o Presbitério do Espírito Santo jurisdicionando uma região muito grande, como era comum naqueles dias difíceis.

O primeiro Conselho da Igreja foi constituído pelos Presbíteros: Joaquim da Silva Queiroz e Manoel Rosa da Silva. O Presbítero Joaquim da Silva Queiroz foi o primeiro secretário do Conselho, que naquela época era denominado de Sessão da Igreja. Mais tarde o Presbítero Manoel Rosa da Silva foi designado evangelista do campo, recebendo pelos relevantes serviços prestados à Igreja um voto de apreciação conferido pela Assembleia Geral da Igreja.

O Presbítero Joaquim da Silva Queiroz, que em 1926 transferiu-se para a Igreja Rio Norte, fez doação da casa e do terreno para a Igreja organizada. Três anos depois, os irmãos que congregavam naquela casa doada, efetuaram a venda da propriedade por trinta e cinco contos de réis, adquirindo com essa importância o atual terreno, muito mais amplo e melhor localizado.

Os irmãos passaram a se reunir em uma casa baixa, nos fundos do novo terreno adquirido, com uma frequência que oscilava entre 16 a 20 pessoas. O que para nós hoje é um desafio, pois um grupo tão pequeno demonstra coragem e pensa na construção de um templo.

Em 1931 é organizada a comissão para construção do novo templo, constituída dos irmãos: Mário de Oliveira, Joaquim de Almeida e Antonio Braga.

A igreja entra em uma fase difícil. Com a crise do café, diversas famílias mudam-se para os grandes centros, inicia-se a segunda guerra mundial e o pequeno, mas operoso grupo de crentes, não se deixa abater. Lutar com denodo passa a ser o lema daqueles dedicados irmãos, e 17 anos depois o templo está concluído, ficando o custo da obra em vinte mil, duzentos e cinquenta cruzeiros, sendo a nova casa de oração dedicada ao serviço do Senhor em 23 de janeiro de 1949, quando, na oportunidade, foi ordenado ao Santo Ministério um dos filhos da igreja, o Rev. Joaquim Beato.

Em 1959, ano do centenário da Igreja Presbiteriana do Brasil, a comunidade Presbiteriana de Guaçuí, agora com 39 anos, 153 membros maiores e 118 menores, um grupo bem mais numeroso do que aquele que erigiu o templo, inicia a construção de um edifício de educação religiosa, inaugurado em 14 de novembro de 1960, quando a igreja comemorava o seu 40º aniversário. Fazia parte da comissão de construção o Presbítero Antídio Silveira Mendes e o Presbítero Antonio Toríbio Figueiredo, de saudosa memória. Em 1961, um ano após haver concluído o pavimento térreo, inaugura-se o salão social na parte superior.

A Igreja Presbiteriana de Guaçuí recebeu diversos nomes desde a sua organização, quando chamou Igreja Presbiteriana de Veado, nome da cidade na época. Em 29 de maio de 1938, a comunidade achou por bem mudar o título da igreja para Igreja Evangélica Presbiteriana de Siqueira Campos, nome da cidade na época. Esse nome perdurou até 1944, quando a cidade passou a chamar-se Guaçuí. A Igreja passou a chamar-se Igreja Cristã Presbiteriana de Guaçuí. O termo “Cristã” foi uma recomendação do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. Em 1973 a igreja recebe a denominação de Igreja Presbiteriana de Guaçuí.

Em 1983 foi demolida a casa da zeladora, para início da construção de uma nova casa e o prédio de educação religiosa que existem atualmente. Em 1986 foi demolida a casa pastoral. Em 1989 foram demolidos o templo, que fora consagrado em 1949, e o prédio de educação religiosa, inaugurado em 1960 e 1961, para início da construção do novo templo, que foi consagrado ao Senhor em 12 de novembro de 1995.

Fazia parte da comissão de construção os irmãos: Pb. Jaime de Paiva Neto, Pb. Alcenor Cunha, Dc. Cleir Barbosa da Silveira, Dc. Julio Joaquim dos Santos e Jetro Alves Monteiro, que não mediram esforços para que a construção fosse concluída.

Durante os 80 anos de existência a Igreja Presbiteriana de Guaçuí, foi assistida pelos seguintes Ministros:

Rev. Juvenal Baptista

Rev. Agenor Mafra

Rev. José Martins

Rev. João de Barros

Rev. Trasilbo Filgueiras

Rev. João Gadelha

Rev. Antônio Godoy (mais de uma vez)

Rev. Mário Neves

Rev. José F. de Mello Júnior (duas vezes)

Rev. Donato Demétrio Soares (várias vezes)

Rev. Jader Gomes Coelho (várias vezes)

Rev. Samuel Berçot Netto

Rev. Américo Gomes Coelho

Rev. Francisco Neto

Rev. Átila José dos Santos

Rev. Reinaldo Silveira Prates (duas vezes)

Rev. José Walmir Lafene

Rev. Caruso Godinho

Rev. Isaías Vieira dos Santos

Rev. Nilton Soares de Freitas

Rev. Paulo César de Figueiredo Lacerda

Rev. Nahor Cotrim Heringer

Rev. Heron José Soares Friasça

Rev. Romildo Lima de Freitas

Rev. Eneziel Peixoto de Andrade (atual)

Atualmente a igreja possui 274 membros comungantes e 51 membros não comungantes. O membro mais antigos na igreja é Alzira Diório Vieira, Profissão de Fé e Batismo em 15/12/1946.

Escolas Dominicais

Sede com 221 alunos;

Congregação Manancial, no Bairro Palmeiras, com 69 alunos;

Congregação Betel, no Bairro João Ferraz de Araújo, com 52 alunos;

Nossa igreja está hoje representada nos grandes centros do País, como São Paulo, Rio de Janeiro, Volta Redonda, Vitória e outras cidades. Deus utilizou-se do êxodo de diversas famílias que foram buscar os meios de subsistência fora dos nossos termos para uma ampliação desta Igreja, que está plantada em Guaçuí, embora a semente já tenha se espraiado muito longe daqui.

Um cristianismo autêntico é aquele que tem suas raízes encravadas na História. Resgatar e manter a memória histórica de uma comunidade de fé é tarefa fundamental para aqueles que congregam e fazem parte da Igreja Presbiteriana de Guaçuí, uma trajetória de 95 anos.

“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia cousas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!”  (Isaías 52.7).