O relato de Gênesis 2.15 a 17 afirma: “tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

A queda de nossos primeiros pais – Adão e Eva – consistiu exatamente na desobediência a essa determinação divina. Com a queda, eles decaíram do estado original em que Deus os criara; e as consequências da desobediência se estenderam a toda a humanidade. O pecado trouxe constrangimento, sofrimento e morte; e afastou o homem de Deus.

As consequências da queda continuam se manifestando através da constante inclinação do homem para o mal. Sendo assim, a ira e o castigo de Deus permanecem sobre os filhos da desobediência (Ef 2.1-3).

Conforme o Catecismo Maior de Westminster, “nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade de sua própria vontade, pela tentação de Satanás, transgrediram o mandamento de Deus, comendo do fruto proibido; e, por isso, caíram do estado de inocência em que foram criados. O pacto, sendo feito com Adão, como um representante legal, não para si somente, mas para toda a sua posteridade, todo o gênero humano, descendendo dele por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele naquela primeira transgressão. A queda trouxe a humanidade a um estado de pecado e miséria.” (Questões 21, 22, 23).

Para anular o efeito devastador da queda, aprouve a Deus, em sua soberania e sabedoria, enviar o seu Filho a este mundo. Como afirma o profeta Isaías, “ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” (Is 53.4-6)

Rev. Eneziel Peixoto de Andrade

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