Muito dos problemas vivenciados na família, nos relacionamentos, no trabalho e na igreja têm como causa um coração encharcado pelo orgulho.

Um ego ofendido é capaz de levar um homem a matar a esposa e o amante dela e de induzir um pai a massacrar a vida dos filhos.

O orgulho racial ou patriota tem gerado discursos inflamados e, muitas vezes, guerras. Brigas em bares, restaurantes e no trânsito, seguidas de mortes cruéis, surgem de disputas insignificantes entre egos ofendidos. Amizades de longas datas são destruídas e igrejas se dividem por causa do orgulho.

Vivemos em uma sociedade onde a humildade não é uma característica humana muito popular. Ela não é exaltada nos programas de televisão, não é ensinada nos livros de autoajuda de grande sucesso nem é cultivada pelos recém-formados que estão em busca de posição no mercado de trabalho, por exemplo.

O orgulhoso é aquele que toca trombetas para proclamar suas próprias virtudes e realizações. Ele tem necessidade compulsiva de estar em evidência..

Agostinho de Hipona disse: “Foi o orgulho que transformou anjos em demônios; e é a humildade que faz com que homens sejam como anjos”.

Foi o orgulho que lançou Nabucodonosor para fora da sociedade dos homens; o orgulhoso Saul para fora do seu reino; o orgulhoso Adão para fora do paraíso; o orgulhoso Hamã para fora da corte e o orgulhoso Lúcifer para fora do céu.

Quero que você pense no orgulho como uma forma de incredulidade e que o modo de combater a incredulidade da alma arrogante é pela fé na graça de Deus. Aqueles que vivem por essa fé não são arrogantes. O ganancioso [altivo, orgulhoso, egoísta, cobiçoso] levanta contendas, mas o que confia no Senhor prosperará” (Pv 28.25).

Os arrogantes sempre tropeçam em seus próprios pecados e caem. “Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria (Pv 11.2). ‘Os humildes, pela fé, prevalecem, mas os orgulhosos desaparecem’ (Sl 37.10,11). “Mais um pouco de tempo, e já não existirá o ímpio; procurarás o seu lugar e não o acharás, mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão em abundância de paz” (Sl 37.10,11).

Mas o que é a fé bíblica? Que tipo de fé precisamos ter para lutar contra o orgulho? Jesus nos dá uma dica no Evangelho de João, quando declara: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35). Com base nesse texto, podemos concluir que crer em Jesus significa ir a Ele para a satisfação de tudo o que Deus é e promete ser para nós n’Ele. Por outro lado, incredulidade é afastar-se de Jesus a fim de buscar satisfação noutras coisas.

John Piper, disse: “Crer não é apenas um concordar com a mente; é também o desejo por Deus no coração, que se apega a Jesus para satisfazer-se. ‘Aquele que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.’ Por isso, a vida eterna não é concedida a quem meramente pensa ou acredita que Jesus é o Filho de Deus. Ela é dada a pessoas que bebem de Jesus como Filho de Deus (Jo 4.14). Jesus também é o pão da vida, e quem se alimenta d’Ele, para obter sustento e satisfação, vive por Ele (Jo 6.51). O propósito das figuras beber e comer é esclarecer a essência da fé. É mais que crer que há algo como água e comida; e é mais que crer em Jesus como a água e o pão doadores de vida. Fé é ir a Jesus e beber a água e comer a comida a fim de que o coração se satisfaça n’Ele.’’

Portanto, se você deseja vencer o “gigante do orgulho” que ronda seu coração, aproxime-se de Jesus e combata o orgulho com um coração humilde.

Seu pastor

Romildo Lima de Freitas

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