Na Igreja Presbiteriana do Brasil ninguém tem autonomia para se autonomear Pastor, presbítero e diácono. Todos, sem exceção, precisam ser vocacionados por Deus para esses ofícios (Hb 5.4).

A CI/IPB (Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil), no art. 108, prescreve vocação como “um ofício, um chamado de Deus, pelo Espírito Santo, mediante o testemunho interno de uma boa consciência e a aprovação do povo de Deus, por intermédio de um concílio”. O que torna válido um ofício é a vocação, de modo que ninguém pode exercê-lo correta e legitimamente sem antes ser eleito por Deus (João Calvino).

O vocábulo diácono − no hebraico, língua em que foi escrito o VT − é kara, que significa “chamar alguém de maneira efetiva” (Is 42.6; 48.12), e, no grego – idioma em que foi redigido o NT − é kaleu, que tem o significado de “chamar, convocar”. Os dois verbos, juntos, ligam dois conceitos, a saber: chamado e serviço. Não é um chamado e um serviço qualquer. É um chamado de Deus para um serviço especifico.

Quero elencar cinco requisitos que devem ter os diáconos:

O diácono deve ser discípulo de Cristo – A palavra “discípulo”, no grego, é mathétés, cujo significado é “aquele que segue”, ou, ainda, “aquele que acompanha”. Como membros da IP de Guaçuí precisamos olhar para a vida daquele a quem pretendemos dar nosso “voto”. Devemos observar se ele tem essa característica, ou seja, se procura “seguir” os passos de Jesus.

O diácono precisa ser um homem que ama a Deus acima de todas as coisas – O relacionamento do líder com Deus é que o credencia a cuidar da Igreja. O líder deve servir de exemplo. A igreja é um espelho da sua liderança. Somente pessoas que amam a Deus podem estimular e encorajar outras a também andarem com Deus e a O amarem sobre todas as coisas. Quando Jesus escolheu seus doze discípulos, designou-os para estarem com ele. Só depois os comissionou para pregar. Vida com Deus precede o trabalho para Deus.

O diácono precisa ser um homem que ame a igreja de Deus mais do que a si mesmo – Uma coisa é amar a liderança, outra é amar os liderados. O líder não é o dominador do rebanho, mas aquele que se cinge com a toalha e lava os pés empoeirados dos seus irmãos. O líder é aquele que serve. Não é aquele que se serve do rebanho, mas serve ao rebanho. A liderança não é um posto de privilégios, mas uma plataforma de serviço. Somente aqueles que amam as ovelhas de Cristo podem apascentá-las com cuidado. O diácono precisa servir as mesas com alegria, pois sabe que, no reino de Deus, maior é o que serve.

O diácono precisa ser um homem que esteja disposto para o trabalho na Igreja – Ser eleito diácono é um grande privilégio, mas que vem acompanhado de grandes responsabilidades. Um dos deveres do diácono é participar ativamente da vida da Igreja. Não é interessante elegermos alguém que não participe. Somos sabedores de que, por causa do trabalho secular, pode haver momentos em que ele não poderá estar presente. Mas não é de bom tom, que o presbítero ou o diácono esteja ausente quando nada o impeça de participar dos trabalhos da Igreja.

O diácono precisa ser um homem experimentado e não neófito – Quero dizer, com “neófito”, um novo convertido ou, literalmente, “recém-plantado”. Isso para que não seja inchado com o orgulho. Tomemos o cuidado necessário, pois, normalmente, a promoção rápida significa desastre.

Que o nosso Deus, que é o dono da Igreja, nos abençoe e nos ajude a escolher irmãos que estejam dispostos a servir à Igreja no diaconato.

Seu pastor

Rev. Romildo Lima de Freitas

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One Response to A bênção de ser diácono − III

  1. LANDERSOM disse:

    VOU LER ESE LINDO TESTO NA MINHA IGREJA SOU PRESIDENTE DA JUNTA DIACONAL DA 5 IGREJA PRESBITERIANA ,EM BARRA MASA RJ

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